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01-04-2003

Resta Aguardar


Crónica

Crónica da América Resta Aguardar Manuel Calado Como se previa, o pior aconteceu. Pior ou melhor, segundo o ponto de vista de cada um. Para o nosso Presidente e os seus conselheiros, aconteceu o que devia acontecer. Para os pacifistas, aqui e à volta do Mundo, o que està acontecendo, poderia ter sido talvez evitado, recorrendo à diplomacia, ou dando à diplomacia tempo suficiente para conseguir um desiderato aceitável. Mas agora é tarde. Tudo neste mundo tem o seu tempo próprio. Segundo o dizer bíblico, há um tempo para tudo. Um tempo para nascer, um tempo para plantar, um tempo para colher, e um tempo para morrer. E no meio de toda esta orgia de violência, há também um tempo para chorar os mortos, os refugiados e os próprios soldados, que no campo de batalha estão arriscando as suas vidas . Guerra é guerra, sempre foi guerra e há-de sê-lo pelos séculos dos séculos. O bicho homem é ainda muito animalesco, e na sua memória anímica, repercutem ainda os ecos das lutas trogloditas, do tempo dos dinossauros. O instinto da luta existe ainda em nós e manifesta-se de muitas maneiras. Desde a Bolsa, onde se joga o dinheiro e por vezes a vida e o destino de milhões de pessoas, como no caso da infamante companhia Enron, aos campos desportivos. Só que hoje, há maneiras de dominar esse instinto de luta e competição, e de colocá-lo ao serviço da sociedade. Que Saddam Hussein é um tipo de mau carácter, um ditador violento e sanguinário, nao restam dúvidas. Diz-se que aprendeu as tácticas de José Estaline, o falecido ditador russo. Se o que se diz dele é verdade, o homem é um facínora, que governava o Iraque pelo terror e o medo. O terror, foi sempre a marca dos dominadores de povos. Os nossos dominadores lusos de antanho não foram excepção a regra. Quando chegaram a Goa, por exemplo, cortaram as orelhas e o nariz de uns tantos nativos, para que lançassem o terror e o respeito pelo nosso domínio. Um dos pretextos desta guerra, foi eliminar as armas de destruição macissa que o ditador iraquiano terá em seu poder. E um dos receios é o de que, quando ele se vir perdido, lance mão dessas armas para atacar os soldados americanos. Até agora, tal ainda não aconteceu. Mas o homem tem fama de lançar gases tóxicos sobre o seu próprio povo. E com a abertura desta nova frente de luta, esqueceu-se quase por completo, que o terrorista bin Ladden, continua vivo e perigoso. Protelou-se também a reconstrução do Afganistão, sem reparar o que as bombas inteligentes reduziram a caliça. E quantos biliões serão necessários para a reconstrução do Iraque, quando a destruição terminar? Porque a guerra é mesmo assim. Destroi para construir. E, ao contrário do que aconteceu a quando da primeira Guerra do Golfo, desta vez não se pode contar com a ajuda da França, Alemanha, China, Rússia e outros países. Neste momento a maioria dos americanos apoia o Presidente Bush. E se a guerra for rápida, e o Saddam decidir abandonar o país ou for liquidado, tudo bem. Mas a instauração dum governo democrático, no meio do mundo árabe e muçúlmano, não será tarefa fácil. Há interesses e facções políticas, grupos raciais e religiosos que aguardam o momento de exigirem o seu quinhão. As fronteiras do Iraque foram talhadas pelo antigo império inglês, sem olhar a hegemonias raciais e religiosas anteriores. E essa mistura de gentes, políticas e crenças, faz uma argamassa explosiva, dificil de dominar. As bombas inteligentes bem poderão enviar Saddam para a profundeza dos infernos. Mas a construção duma democracia à Americana, nas areias do Golfo Pérsico, vai ser tarefa dificil e dispendiosa. E este é o argumento dos que desejariam dar mais tempo à diplomacia para resolver o problema sem violência. E depois , há cá dentro do território, problemas que pedem solução, e que não poderão ser resolvidos, por falta de dinheiro necessário à Guerra. Mas agora, que estamos todos neste barco, não se podem abandonar os que nos campos de luta, arriscam a vida, para o plano do nosso Presidente, seja levado a bom termo. Porque há um tempo para tudo, e até para dar apoio moral às famílias de todos aqueles que lutam em nosso nome. Não estão lá por vontade própria, mas em nome do país que os mandou. E o país, afinal, somos nós todos. (25 Mar 03 / 10:59)

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